quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eleita Nova Secretaria Executiva do Fórum de Economia Solidária de Pernambuco para o Bienio 2011/2012.







O Fórum de Economia Popular Solidária de Pernambuco elegeu neste dia 22 de novembro durante o encontro estadual, a nova secretaria executiva para o biénio 2011/2012. A nova secretaria esta composta pelos representantes de empreendimentos Vani Maris (Redartezan), Fábio Roberto (MAPRA), pelos representantes de Assessoria e Fomento: Felipe Moraes (Incubação/FAFIRE) e Telma Andrade (ACAAPE) e pelo representante de Gestores Publicos Augusto Severo Martins (Prefeitura de Afogados da Ingazeira).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

II Feira Nacional de Economia Solidária

II Mostra Nacional de Economia Solidária
I Seminário de Comercialização Solidária
VI Feira Baiana de Economia Solidária e Agricultura Familiar
8 a 12 de dezembro de 2010
na Praça Wilson Lins (Pituba) -Salvador/BA

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CFES-NE-PE Realiza Oficina em São Joaquim do Monte – PE



O Centro de Formação em Economia Solidária do Nordeste - PE (CFES-NE-PE) realizou nos dias 23 e 24 de outubro na cidade de São Joaquim do Monte no agreste pernambucano, uma oficina de formação de educadores sobre Economia Solidária. Tendo os facilitadores Fabio Roberto (MAPRA) e Artur Melo (UNEES) na coordenação deste evento, e com um grupo bastante motivado, foi lançada a proposta da criação de um grupo de ação em Economia Solidária de São Joaquim do Monte.
O grupo indicará uma representante para ir ao Encontro Estadual de Educadores Sobre Economia Solidária que ocorrerá nos dias 17 e 18 de novembro na cidade de Camaragibe. Foi também lançada a proposta da criação de um GT de Comercialização que fará duas reuniões (13/11 artesanato e no dia 20/11 alimentação, na Escola Municipal Oswaldo Benicio às 9 horas) onde será lançada posteriormente a proposta da criação da Feira de Economia Solidária de São Joaquim do Monte.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Região Metropolitana do Recife Faz Nova Eleição Para Representação no FEPS-PE.




O Fórum de Economia Popular Solidária da Região Metropolitana do Recife fez no dia 08 de novembro nova eleição para recompor o quadro de representantes da Regional Metropolitana. A nova composição ficou assim:





Empreendimento:
- Vani Mariss – Redartesan – Recife - Titular;
- Sônia Leal – Rede de Mulheres Produtoras da Cidade do Paulista – Paulista - Titular;
- Fabio Roberto – MAPRA – Paulista – Suplente;
- Silvia Regina – MVA (Mudando a Vida Com Arte) – Recife – Suplente;

Assessoria:
Felipe Moraes – Incubação/FAFIRE - Titular;
Telma Andrade – ACAAPE – Suplente;

Gestores:
Val Peregrino – DEPSOL/PCR;
Rosa Reis – SRTE-PE.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

POLO AGROECOLOGICO DA BORBOREMA-PB

O que esperar da agricultura familiar no próximo período?

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(9'40'' / 2,21 Mb) - Organizações de pequenos agricultores se associaram em 1993 para implantar no agreste do Paraíba um novo modelo de produção e consumo.(9'40'' / 2,21 Mb) - No Planalto da Borborema, uma mobilização iniciada em 1993 é até hoje sinônimo de renda e autonomia para pequenos produtores rurais do agreste da Paraíba. Sindicatos de trabalhadores rurais e associações de pequenos produtores reunidos no Pólo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema, ou simplesmente, Pólo da Borborema, é responsável por organizar a luta e a resistência dos camponeses da região. Assim foi construída uma das principais trincheiras da agricultura familiar no Brasil.

Entre os dias 14 e 15 de outubro de 2010, representantes de movimentos da sociedade civil organizada foram até o município de Lagoa Seca, a 140 quilômetros de João Pessoa (PB), para conhecer o trabalho do Pólo.

O objetivo era compartilhar as experiências de agricultura familiar desenvolvidas em outros estados como Pernambuco e Ceará. Participaram do encontro integrantes dos movimentos sociais da Agricultura Familiar, da Economia Solidária, da Justiça Ambiental e da Soberania Alimentar, que relataram a urgência de organizar mais trincheiras em outras regiões do Brasil.

Foram debates intensos que apontaram a necessidade da organização coletiva entre todas as frentes a partir da luta conjunta e não isolada, como acontece hoje no território nacional. Para Luciano Silveira, coordenador do programa de desenvolvimento local do Agreste da Paraíba da AS-PTA e membro da coordenação-executiva da articulação do Semi-Árido brasileiro, o evento foi muito proveitoso.

“Esse evento partiu de um pressuposto que é a existência de muitas redes que estão atuando na luta da justiça ambiental, social e econômica. E, apesar de cada qual estar com uma luta específica, encontram identidade muito forte no trabalho e nas pautas de luta”.

A integrante da Via Campesina e do Núcleo Tramas (Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a sustentabilidade) da Universidade Federal do Ceará, Maiana Maia, elogiou a construção do evento e chamou atenção para a necessidade de rearticulação das lutas camponesas em todo país.

“É um espaço muito importante de fortalecimento, de identificação de bandeiras que na prática já são compartilhadas por vários movimentos que tem a sua origem diversa. mas que se encontram para buscar uma atuação mais rede como também para a percepção de diferenças para aprendizagem.”

O diretor-executivo da AS-PTA e vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia, Paulo Petersen, afirma que foi possível confirmar a hipótese de que o movimento da Economia Solidária, Segurança e Soberania Alimentar são movimentos que se organizam na defesa de políticas públicas muito semelhantes às que são reivindicadas pelos agricultores do território da Borborema.

“A gente conseguiu diagnosticar a insuficiência de alianças entre esses movimentos e a necessidade de, ao fortalecer essas alianças, melhor ocupar os espaços políticos de participação na negociação de políticas públicas.”

Maiana destaca a previsão do agronegócio para o próximo período. Está previsto pelo governo brasileiro um forte crescimento; que deve significar a expansão dos grandes monocultivos: que pode levar venenos inclusive aos territórios ocupados pela agricultura familiar.

“O Ministério de Agricultura e Pecuária elaborou esse ano o projeto de expectativa para o agronegócio em 2011. Então, independente do governo, percebemos que a expectativa nacional e internacional é de crescimento. Isso vai acontecer tanto nos níveis de financiamento, como nos [níveis] de danos e contaminação. A partir dessa perspectiva de expansão – que a gente acredita que pode até se dar em níveis diferentes, dependendo do governo – é muito importante os movimentos se organizarem para construírem uma contraproposta”.

Para o integrante do Movimento Agoecológico dos Produtores da Reforma Agrária de Pernambuco (Mapra) e do Fórum Estadual de Economia Solidária, Fábio Roberto, existiu consenso entre os movimentos.

Ele conta que existe em Pernambuco, desde 2003, o Fórum Estadual de Economia Solidária. Segundo ele, 40% das organizações, cooperativas e associações do fórum são veinculadas à agricultura familiar e à agroecologia.

Ou seja, a agricultura que é produzida em respeito à saúde do consumidor, à biodiversidade do meio ambiente e que é rentável às famílias produtoras. Para Fábio, a experiência avançada do Pólo da Borborema deve sustentar as práticas da agricultura familiar em outras regiões.

“Essa experiência precisa ser melhor publicisada, sobretudo na resistência do modo de produção agroecológico que o Pólo, enquanto território, está executado. Precisa ser levado para que outros territórios absorvam essa prática e organização que os companheiros tem feito aqui”.

Ele também observou convergência entre o desenvolvimento do modelo de produção praticado pelo Pólo e os princípios defendidos pelos movimentos de Economia Solidária.

“A Economia Solidária tem princípios norteadores a solidariedade, uma economia nova, sem patrão, sem empregado, sem exploração, de preservação da vida e do meio ambiente. Aqui no Pólo da Borborema os companheiros e as famílias, sobretudo de agricultores familiares, já praticam isso fartamente”.

Para Paulo Petersen, a tarefa dos movimentos sociais para o próximo período é avançar.

“A nossa leitura é que nos últimos anos houve um enfraquecimento dos movimentos sociais, sobretudo das suas expressões mais locais. Então existe uma necessidade de reposicionarmos no cenário político. Devemos atuar com mais ofensividade na defesa dos princípios desse projeto que estamos construindo. Como fortalecer a sociedade civil nos territórios? O exemplo aqui é o Pólo. É muito difícil pensar o avanço da Economia Solidária e da agricologia se você não tiver organização social forte nos territórios. Porque isso não depende só de alocação de recurso financeiro, depende da mobilização da cultura local, para a valorização do potencial ambiental e ecológicos dos lugares.”

O agricultor e coordenador do Poló Sindical da Borborema, Euzébio Cavalcanti, concorda com Paulo.

“Eu acredito que as lutas já deveriam estar acontecendo em muitos locais. Nós respeitamos muito o governo Lula, mas o governo não é feito de um presidente. O governo é feito de brigas constantes do agronegócio com a agroecologia. Quando a gente não briga, a gente perde. Quando a gente não luta para conquistar o espaço, esse espaço é dado a outro. Independente do governo, isso acontece. Nós temos que lutar, ir pra rua e brigar para que as coisas aconteçam do jeito certo, como é esse trabalho que a gente desenvolve aqui na região.”

Mas como implantar um modelo de desenvolvimento alternativo nesse país? Para Fábio, do Movimento Agoecológico dos Produtores da Reforma Agrária de Pernambuco, só existe um caminho.

“Mostrando, sobretudo, com ações, colocando produtos no mercado, que sejam produtos diferenciados, que trabalha a questão da economia ambiental e de uma economia diferenciada para que a população tenha conhecimento disso. Utilizando também da mídia alternativa e tradicional para que mostre a justeza dessas maneiras”.

Segundo as organizações é preciso desconstruir o imaginário que o agronegócio é o responsável pelo grande desenvolvimento do Brasil. É o que destaca o coordenador do programa de desenvolvimento local do Pólo, Luciano Silveira.

Inclusive os dados do Censo Agropecuário da agricultura familiar mostraram que a agricultura familiar foi responsável por 40% do PIB agrícola, não é pequeno se considerarmos que a agricultura familiar foi marginalizada por séculos. Ao mesmo tempo, respondem pela absorção de 80% da mão-de-obra da área rural, o que também não é pouco”.

Na produção de alimentos, a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no país. Todos esses levantamentos e discussões serão levados para o Encontro Nacional de Dialógo e Convergências que deve se realizar em Salvador (BA), ainda sem data definida.

O Encontro está sendo convocado por dezenas de entidades e organizações favoráveis ao desenvolvimento da agricologia com a agricultura familiar no Brasil. O objetivo é erguer enormes trincheiras, como o Pólo da Borborema, também em outros territórios.