terça-feira, 27 de setembro de 2011


Jornal Cáritas
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26/09/2011 - 15:00
Cáritas NE2 promove curso de capacitação para empreendimentos solidários

Assessoria de Comunicação da Cáritas NE2
Capacitar os participantes para a formação, gestão e intervenção em economia solidária; Refletir sobre a importância da participação dos empreendimentos solidários nas tomadas de decisões; Oferecer formação para elaboração de custos e preços para produção e comercialização dos produtos.

Estes são os objetivos do 4º módulo do curso de Capacitação para Empreendimentos Solidários da Região Metropolitana do Recife. A iniciativa é promovida pela Cáritas Brasileira Regional NE2, em parceria com a União de Empreendimentos da Economia Solidária (UNEES) e o Projeto Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire). O curso será realizado nos dias 27 e 28 de setembro, no auditório Dom Helder Câmara, na Fafire, das 9h às 17h.

O 4º módulo encerra uma série de capacitação que visa fortalecer os empreendimentos econômicos solidários dentro dos conceitos, princípios e bandeiras da economia popular solidária.

Para o coordenador das ações de economia popular solidária da Cáritas NE2, Ângelo Zanré, a iniciativa do curso parte da proposta de oferecer capacitação aos empreendimentos solidários que são acompanhados pela Cáritas. Segundo Zanré, cerca de 15 empreendimentos da Região Metropolitana do Recife estão sendo capacitados. “A ideia é fortalecer e incentivar a participação desses empreendimentos em espaços políticos. Por exemplo, pretendemos instigar a atuação efetiva no Fórum de Economia Popular Solidária de Pernambuco. Mas também é importante que eles avancem na construção de políticas públicas voltadas para a economia solidária”, disse.

Dividido em quatro módulos, o curso com víeis participativo acontece desde abril e vem oferedendo capacitação nas áreas de associativismo, cooperativismo, redes de consumo e comercialização solidária, qualidade, marca e divulgação dos produtos, comércio justo e solidário, consumo responsável, marco legal para a economia solidária, meio ambiente, mudanças climáticas, agroecologia, entre outros temas.

sábado, 24 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

SNCJS

Permanbuco Discute Comércio Justo e Solidário.
Fonte: Instituto Marista de Solidariedade (IMS)

Aconteceu nos dias 12 e 13/09, na cidade de Abreu e Lima, na Grande Recife, o Seminário do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário do Estado de Pernambuco. O encontro, na Escola Municipal Francisco Barros, contou com a participação de 55 pessoas que representaram fóruns de economia solidária da região metropolitana e do sertão, gestores públicos e parceiros.

Na abertura do seminário, uma exibição de fotos retratou o histórico do Movimento de Economia Solidária no estado, com posterior apresentação da atual conjuntura, os avanços e os desafios da Economia Solidária no Brasil e em Pernambuco. Foi destacada a importância da mobilização para fortalecer ações, enfatizando o objetivo de recolher assinaturas para Campanha Pela Lei da Economia Solidária.
A articuladora regional Maria Auxiliadora Barros e a assessora de projetos Claudia Lima, do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), trouxeram os conceitos e os princípios norteadores do Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário (SCJS), bem como suas contribuições no campo econômico e político. Nos trabalhos em grupo, os participantes pensaram as formas e desafios na consolidação do SCJS no Estado.

O segundo dia de seminário ficou voltado para os empreendimentos econômicos solidários do estado, selecionados em edital pelo IMS: Bruxa Lua Artesanato, MAPRA/COOMSERA e Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú. Eles realizaram o retrato da comercialização, apresentando os indicativos da produção e comercialização dos seus produtos e serviços. Durante o evento, os empreendimentos apresentaram ainda seus produtos, realizando uma pequena mostra de artesanatos.

O Seminário do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário do Estado de Pernambuco foi uma realização do IMS em parceria com Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), com apoio do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e Faces do Brasil. A Prefeitura de Abreu e Lima, o Fórum Estadual de Economia Popular Solidária de Pernambuco e o Centro de Formação em Economia Solidária (CFES Nordeste) foram os parceiros locais.
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POR ARTUR MELO.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A maior usina suja do mundo será em Pernambuco

A maior usina suja do mundo será em Pernambuco
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Já esta se tornando lugar comum, com toda pompa e marketing político, os anúncios bombásticos feito pelo governador de Pernambuco a respeito da chegada de novas empresas que vem para aqui se instalar, quase sempre em alguma cidade no entorno do complexo industrial e portuário de Suape.

A imprensa saúda o progresso chegando, o dinamismo da economia pernambucana. Três palavras chaves são abusadamente utilizadas e propagandeadas aos quatro ventos, justificando e anestesiando a população em geral e os setores da elite local, que de dia cantam loas a necessidade de proteger a natureza, o meio ambiental, mas na calada da noite, estimulam, promovem e saqueiam as matas, os rios e o ar que respiramos. Progresso, criação de postos de trabalho e geração de renda, bendita seja esta tríade que consegue calar toda uma população, e consentir que a geração futura pague um alto preço pela irresponsabilidade de alguns, mas com o consentimento de muitos.

Pernambuco é um exemplo de que estamos acelerando em marcha a ré, na contra mão de oferecer melhor qualidade de vida ao seu povo, e perdendo a oportunidade de mudar o paradigma atual, baseado no chamado “crescimento predatório”, que utiliza argumentos do século passado de que o “novo ciclo de desenvolvimento (?)” é a “redenção econômica do Estado (?)” e assim exige o “sacrifício ambiental”. Palavras entre aspas ditas pelos gestores públicos que tentam confundir, como um discurso pela busca de sustentabilidade entre empresas e governo, mas que aumenta o consumo e a produção de energia suja.

Não bastasse a devastação dos últimos resquícios de mata atlântica, de manguezais, das florestas naturais, da poluição dos rios, agora o Estado atrai e apóia a instalação de termoelétricas a óleo combustível, o combustível mais sujo para produzir eletricidade dentre os derivados de petróleo, perdendo somente para o carvão mineral no ranking de maior emissor de gases que provocam o efeito estufa, ou seja, o aquecimento global, correspondente ao aumento da temperatura média da Terra causador das temidas mudanças climáticas.

A termelétrica anunciada com a maior usina do mundo que pretende se instalar no Cabo de Santo Agostinho terá uma potência instalada de 1.452 MW, ou seja, a metade da hidroelétrica de Xingó, produzirá anualmente, caso funcione ininterruptamente, em torno de 8 milhões de toneladas de CO2. Além de outros gases altamente prejudiciais a saúde humana. Este cálculo estimado é possível, levando em conta que para cada 0,96 m3 de óleo consumido na termelétrica, 3,34 toneladas de CO2 são produzidos, segundo a Agência Internacional de Energia. Já para a termelétrica Suape II, que tem mais de 70% das obras construídas, infelizmente também no município do Cabo, a emissão anual desta instalação será de pelo menos 2 milhões de toneladas de CO2. Portanto no município vizinho a Recife, no Cabo, estas duas usinas em funcionamento emitirão em torno de 10 milhões de toneladas de CO2, pouco menos de 1 milhão de toneladas mensalmente, e pouco mais de 30.000 toneladas por dia. Será que é este o “desenvolvimento” desejado pelos habitantes do Cabo e de Pernambuco?

Este tipo de instalação industrial que para produzir eletricidade queima óleo, semelhante ao utilizado para movimentar navios, esta tendo enormes dificuldades em conseguir se instalar no sul/sudeste do país, devido às dificuldades impostas para obterem as licenças ambientais, necessárias para tal empreendimento. Acabam vindo para nossa região, pois aqui é conhecida a frouxidão dos órgãos estaduais responsáveis pelo controle, fiscalização ambiental, conservação e recuperação dos recursos naturais, tais como a Agência Pernambucana de Meio Ambiente – CPRH, ligada a recém criada Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Fica mais uma vez demonstrado que em Pernambuco o crescimento econômico não combina com preservação ambiental. O atual governo do estado dá sinais claros de sua total falta de compromisso com as questões ambientais e com as gerações futuras, que sem dúvida é o maior desafio atual de nossa civilização.

Enquanto aqui se perpetua um modelo de crescimento econômico predatório, insustentável, alicerçado no uso de combustíveis fósseis, inimigo número 1 e responsável maior pela emissão dos gases de efeito estufa, o mundo discute como acelerar o uso de fontes renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, energia dos oceanos) para atender a sua demanda energética.com menor agressão ambiental.

CONVITE III PLENÁRIA DE ECOSOL DE JG.

Pequenos criadores fornecem carnes para merenda de escolas municipais ...