Manifestação luta pelo Código Florestal e contra o uso de agrotóxicos
Posted: 08 Apr 2011 02:41 PM PDT
No dia Mundial da Saúde (07/04), cerca de três mil manifestantes, entre integrantes de movimentos sociais e sindicais do campo e organizações ambientalistas, realizaram um dia de atividades públicas, em Brasília, para protestar contra o projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de alteração do Código Florestal e lançar a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida.
A iniciativa reuniu uma comissão formada por integrantes da Via Campesina, Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e diversas outras entidades, recebida pela ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira. Na audiência, os militantes apresentaram parte de um documento sobre o Código que esmiúça os pontos mais críticos do projeto e defenderam uma proposta de aprimoramento do texto. O documento será lançado oficialmente na próxima terça-feira (12), no Congresso Nacional.
Segundo a ministra, a manifestação foi extremamente positiva porque expressou a posição dos que produzem culturas importantes para a cesta básica brasileira. Ela recebeu a ideia das entidades na defesa do Código Florestal e das áreas de preservação permanente, que significou uma política contrária a novos desmatamentos.
“O que foi dito aqui é que a agricultura familiar entende que pode aumentar a produção agrícola sem perdas de florestas e biomas e sem degradação ambiental. Isso vai muito na linha das nossas negociações e do nosso diálogo, é mais uma contribuição para o processo político em que o ministério está envolvido”, apontou Isabela Teixeira.
Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida
A Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida reúne movimentos sociais, entidades estudantis e sindicatos em defesa do direito à alimentação saudável para todos, da saúde e qualidade de vida do trabalhador e de um meio ambiente equilibrado. A ideia é alertar a sociedade para o uso indiscriminado de defensivos agrícolas. O Brasil é o maior consumidor mundial dessas substâncias: cerca de 1 bilhão de litros foram utilizados no País em 2009 – uma média de 5 litros por pessoa.
A campanha defende um novo modelo agrícola que valorize a agricultura familiar e viabilize o desmatamento zero; permita o acesso a tecnologias que utilizem menos agrotóxicos, como os sistemas agroecológicos; gere renda e trabalho para a população rural.
Todos os anos multiplicam-se casos de contaminação no campo por agrotóxicos. Pesquisas vêm apontando as graves consequências dessa contaminação para o meio ambiente e a saúde humana. Ela pode causar problemas como câncer, distúrbios hormonais e neurológicos, má formação do feto, depressão, doenças de pele, diarreia, vômitos, desmaio, dor de cabeça, contaminação do leite materno, entre outros.
Com informações Brasil de Fato, MST e ISA
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